Mas que droga de cabeça!

Programação, Religião, Política, Música, Futebol, Psicologia, Tecnologia, e outros pitacos leigos.

Sou fumante, mas longe de fazer apologia ao cigarro. 
O Cigarro faz mal, aliás, o cigarro mata. A fumaça do cigarro incomoda quem não fuma. Até o cheiro do cigarro em uma pessoa que acabou de fumar, incomoda também. "Bitucas" de cigarro deixam a rua feia. A fumaça do cigarro prejudicam o meio ambiente. Fumantes doentes oneram o erário tomando leitos nos hospitais.

Então parece lógico realmente os representantes do povo tomar medidas para banir o cigarro ou no mínimo desestimular seu consumo. Não-fumantes não precisam passar pelo incômodo da fumaça. Fumantes precisam ser protegidos, mesmo que seja deles mesmo. por causa dessa lei, muitos fumantes pararam de fumar. Diversos não-fumantes pararam de ter tal incômodo, e ter sua saúde afetada sem sua vontade.Point taken.

Seguindo esse pensamento, nossos representantes poderiam ir além, e cuidar um pouco mais de nós mesmos. Nos proteger nem que seja das nossas más atitudes. 

Que tal desestimular também o consumo da cerveja? Cerveja faz mal. Aliás, cerveja mata, a quem bebe e a outrem. O bêbado incomoda quem não bebe. Indo além, quem aqui parou de dirigir depois de tomar uma? Pronto, vamos sancionar uma lei que faça o cara beber só em casa.

Que tal desestimular também os alimentos que aumentam o colesterol? Colesterol alto faz mal. Aliás, colesterol alto mata.

Que tal desestimular também os alimentos que aumentam a diabetes? Diabetes faz mal. Aliás, Diabetes mata.

Que tal desistimular também os alimentos que aumentam a _________? _________ faz mal. Aliás, _________ mata.

Ainda nessa linha, o ideal eram leis para desestimular com todo vício e compulsão. Que o cigarro seja o começo dessa cruzada. É lógico, não? Não, não é.

Não é função do governo decidir o que é melhor pra nós, nos tratar como crianças. Cada um tem o direito pra fazer pra si o que desejar, seja fumar, beber, comer carne vermelha, escutar metal, fazer sexo, fumar maconha, contanto que, isso sim, tenha informações suficientes das conseqüências que vai lhe trazer e não incomode a outros. 

Criar área de fumantes e não fumantes, Blitz pra pegar quem dirige bêbado, campanha pela camisinha, isso é justo. Proibir cigarro, cerveja, fechar casas de programa, já é intrusivo demais.

O problema é que isso virou populismo. Os políticos estão tratando isso justamente como promoção própria, pra torná-los um tipo de símbolo pró-saúde. Dom Eduardo já se acha símbolo do meio ambiente já faz tempo...essa escalada é nada mais que natural. Vamos deixar de ser hipócritas. Que atire a primeira pedra quem não tem seus vícios/compulsões que não incomodem a ninguém.

Sérgio Cavalcante


Acho que é mais do que hora de me apresentar. 

Inicialmente, não sabia muito bem como funcionava esse lance de blog, ou se ao menos ia funcionaria pra mim. Não me entenda mal, trabalho com informática faz séculos(em termos da área, séculos é quando passa de 10 anos. Mais de 20 anos já chamo de "Eras"), mas sempre li diariamente blogs, portais, dentre outras coisas que só a grande rede proporciona. Sempre gostei de ler e escrever, mas não imaginava como provedor de conteúdo, dentre os tantos que fazem isso. 

Além disso, não sabia que, se fizesse um blog um dia, seria sobre tecnologia, com o que trabalho e curto, religião/mitologia/psicologia/filosofia, coisas que me fascinam, Futebol, meu "soma", Política, algo que aprendi a levar a sério. Então, resolvi misturar tudo e ver no que dá. Inicialmente, de forma anônima. Agora, de forma bastante pessoal. Resolvi fazer esse site, um espelho do que penso, seja de acordo com o que você pensa, ou não. É a minha verdade.

Outra coisa que tive que levar em consideração foi o fato da atualização de conteúdo. Apesar de gostar de escrever, não tenho muito saco pra parar seja lá o que eu estou fazendo pra fazer algo que leve mais de 15 minutos por vez sem mudar de contexto. Então provavelmente meus posts vão ser rápidos, mas provavelmente freqüentes.

Então, vamos seguir adiante e ver até onde essa viagem vai nos levar.

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Sérgio Cavalcante

Vi esse texto no Malfazejo, que cita a fonte real.

"De Antônio Prata, no Estadão:

Eu sou meio intelectual, meio de esquerda, por isso freqüento bares meio ruins. Não sei se você sabe, mas nós, meio intelectuais, meio de esquerda, nos julgamos a vanguarda do proletariado, há mais de cento e cinqüenta anos. (Deve ter alguma coisa de errado com uma vanguarda de mais de cento e cinqüenta anos, mas tudo bem).

No bar ruim que ando freqüentando ultimamente o proletariado atende por Betão - é o garçom, que cumprimento com um tapinha nas costas, acreditando resolver aí quinhentos anos de história.

Nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos ficar "amigos" do garçom, com quem falamos sobre futebol enquanto nossos amigos não chegam para falarmos de literatura.

- Ô Betão, traz mais uma pra a gente - eu digo, com os cotovelos apoiados na mesa bamba de lata, e me sinto parte dessa coisa linda que é o Brasil.

Nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos fazer parte dessa coisa linda que é o Brasil, por isso vamos a bares ruins, que têm mais a cara do Brasil que os bares bons, onde se serve petit gâteau e não tem frango à passarinho ou carne-de-sol com macaxeira, que são os pratos tradicionais da nossa cozinha. Se bem que nós, meio intelectuais, meio de esquerda, quando convidamos uma moça para sair pela primeira vez, atacamos mais de petit gâteau do que de frango à passarinho, porque a gente gosta do Brasil e tal, mas na hora do vamos ver uma europazinha bem que ajuda.

Nós, meio intelectuais, meio de esquerda, gostamos do Brasil, mas muito bem diagramado. Não é qualquer Brasil. Assim como não é qualquer bar ruim. Tem que ser um bar ruim autêntico, um boteco, com mesa de lata, copo americano e, se tiver porção de carne-de-sol, uma lágrima imediatamente desponta em nossos olhos, meio de canto, meio escondida. Quando um de nós, meio intelectual, meio de esquerda, descobre um novo bar ruim que nenhum outro meio intelectuais, meio de esquerda, freqüenta, não nos contemos: ligamos pra turma inteira de meio intelectuais, meio de esquerda e decretamos que aquele lá é o nosso novo bar ruim.

O problema é que aos poucos o bar ruim vai se tornando cult, vai sendo freqüentado por vários meio intelectuais, meio de esquerda e universitárias mais ou menos gostosas. Até que uma hora sai na Vejinha como ponto freqüentado por artistas, cineastas e universitários e, um belo dia, a gente chega no bar ruim e tá cheio de gente que não é nem meio intelectual nem meio de esquerda e foi lá para ver se tem mesmo artistas, cineastas e, principalmente, universitárias mais ou menos gostosas. Aí a gente diz: eu gostava disso aqui antes, quando só vinha a minha turma de meio intelectuais, meio de esquerda, as universitárias mais ou menos gostosas e uns velhos bêbados que jogavam dominó. Porque nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos dizer que freqüentávamos o bar antes de ele ficar famoso, íamos a tal praia antes de ela encher de gente, ouvíamos a banda antes de tocar na MTV. Nós gostamos dos pobres que estavam na praia antes, uns pobres que sabem subir em coqueiro e usam sandália de couro, isso a gente acha lindo, mas a gente detesta os pobres que chegam depois, de Chevette e chinelo Rider. Esse pobre não, a gente gosta do pobre autêntico, do Brasil autêntico. E a gente abomina a Vejinha, abomina mesmo, acima de tudo.

Os donos dos bares ruins que a gente freqüenta se dividem em dois tipos: os que entendem a gente e os que não entendem. Os que entendem percebem qual é a nossa, mantêm o bar autenticamente ruim, chamam uns primos do cunhado para tocar samba de roda toda sexta-feira, introduzem bolinho de bacalhau no cardápio e aumentam cinqüenta por cento o preço de tudo. (Eles sacam que nós, meio intelectuais, meio de esquerda, somos meio bem de vida e nos dispomos a pagar caro por aquilo que tem cara de barato). Os donos que não entendem qual é a nossa, diante da invasão, trocam as mesas de lata por umas de fórmica imitando mármore, azulejam a parede e põem um som estéreo tocando reggae. Aí eles se dão mal, porque a gente odeia isso, a gente gosta, como já disse algumas vezes, é daquela coisa autêntica, tão Brasil, tão raiz.

Não pense que é fácil ser meio intelectual, meio de esquerda em nosso país. A cada dia está mais difícil encontrar bares ruins do jeito que a gente gosta, os pobres estão todos de chinelos Rider e a Vejinha sempre alerta, pronta para encher nossos bares ruins de gente jovem e bonita e a difundir o petit gâteau pelos quatro cantos do globo. Para desespero dos meio intelectuais, meio de esquerda que, como eu, por questões ideológicas, preferem frango à passarinho e carne-de-sol com macaxeira (que é a mesma coisa que mandioca, mas é como se diz lá no Nordeste, e nós, meio intelectuais, meio de esquerda, achamos que o Nordeste é muito mais autêntico que o Sudeste e preferimos esse termo, macaxeira, que é bem mais assim Câmara Cascudo, saca?).

- Ô Betão, vê uma cachaça aqui pra mim. De Salinas quais que tem?"

Muito "xibata" esse texto. Lembro de comentar com alguns amigos meus o quanto são legais esses "barzinhos falidos". Tive a felicidade de morar em frente a um deles (Bar do Paulo, na Ferreira Pena, apesar da facilidade de acesso, o problema era esposa ir lá no bar pra te catar), tinha o Bar do Mário, na Constantino Nery, com a Skol com o preço congelado em R$ 1,50, que bate com o que o texto afirma. 

Mesa de Lata, Garçom "Brother" e os papos de futebol, Banheiro Escroto. O banheiro geralmente é um show à parte. No do Mário, é uma parede, com um córrego no seu fim. No do Paulo, um lance de metal, que nem adianta tentar dar a "descarga". Eu até sou simpático a esse cheiro de uréia, porque, na hora de dar uma mijada, sei que tô num lugar que gosto bastante. 

Além de esperar o pessoal por lá, Tem também  o fato desse lugar também formar amizades legais de mesa de bar. Você tá lá, tomando uma, pensando na vida. Aí alguém chega e pergunta teu time, ou em quem você vai votar...aí começa. No outro dia você sai de casa pensando "Pô, acho que vou tomar uma e bater um papo com o Angenor e aquela moçada "pai d'égua"".

Sérgio Cavalcante

Boa dica, pinguariba!

Se teve uma série que marcou minha infância, foi Anos Incríveis. E eu, me achando o Kevin Arnold, também era apaixonado pela Winnie. Bom, eu cresci, e ela tbm...


Jesus! E Além de gata virou uma monstra em matemática, provou um teorema e fez até um livro!

Pra mais fotos da novíssima musa nerd!

Mas por pouco tempo. Agora tem dono. :~(

Bom, pra quem gostava da série e quer saber como estão os outros é só vir aqui! Obviamente ninguém ficou melhor que ela ;)

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